
Hoje faz 9 anos que ele se foi... Ainda lembro como se fosse hoje daquele telefonema que recebemos, duas horas depois de nossa visita à UTI. Mas não quero falar daquele triste dia.
Tenho lembrado muito dele ultimamente. E cheguei a uma definição para ele: Exemplo de Amor! Mesmo com seu jeitão típico de sertanejo, era muito amoroso.
Meu avô, Benedito Vicente de Andrade ou somente BVA (apelido carinhoso pelo qual era chamado) foi um homem simples, mas ao mesmo tempo empreendedor; sem muito conhecimento, mas sábio; sério, mas ao mesmo tempo brincalhão. Só entende seu jeito quem o conheceu. Trabalhador, Generoso, Acolhedor, Teimoso... Difícil até enumerar todas as suas características.
Apenas nesse ano percebi a quem puxei no meu amor por gato. Meu avô tinha um gato que sentava em seu colo e fazia “cafuné” em seu peito. Um dia esse gato comeu um pássaro que tínhamos comprado (eu e meus irmãos). Quando estávamos procurando por ele e ameaçando matá-lo, meu avô ficou desesperado. Não fizemos nada com o gato! E hoje entendo seu sentimento. Sei o quanto Nina é importante pra mim.
Lembro com saudade das férias em Cajazeiras, das festas em família, das vezes que ele vinha para João Pessoa e ficava hospedado na minha antiga casa, de todo o tempo que pude conviver com meu avô.
Existe uma famosa pergunta: “quando chegar ao céu, quem você gostaria de encontrar?”. Já pensei em várias pessoas da Bíblia, principalmente José. Mas ontem percebi que minha resposta agora é: vovô Benedito.