segunda-feira, 7 de abril de 2014

Gentileza


Quem me conhece bem, sabe como gosto de me doar aos outros. Gosto de gastar tempo com as pessoas, de ouvir, de falar, de servir... Para mim, gentileza não é coisa só de “gentleman” (cavalheiro), acho que gentileza é algo fundamental para o bom convívio em sociedade, especialmente no meio de pessoas queridas. 
Mas infelizmente gentileza é algo que parece meio fora de moda, principalmente entre os mais novos (sem generalizar, claro). Com a tecnologia, as relações parecem estar mais superficiais: “Só falo com alguém se essa pessoa tiver algo a me oferecer”. E se essa pessoa estiver precisando de um (a) amigo (a)? Ou se ela puder acrescentar algo de bom pra sua vida, sem que você saiba?
Tenho me surpreendido com algumas situações ultimamente. Amizade e atenção surgindo de onde menos esperamos, amizades mostrando que tempo e distância não importam, mas também tenho visto indiferença e falta de gentileza.
Chega uma hora que começamos a rever nossas atitudes. Independente do “status” que alguém tenha (ou teve) em nossa vida, nos decepcionamos em algumas situações. Gentileza gera gentileza? Nem sempre! E chega uma hora que dar sem receber cansa.
Mas às novas e velhas (boas) amizades, sejam sempre bem-vindas! Cada semente cultivada, cada água despejada, cada palavra declarada, cada sorriso doado... Podem dar bons frutos. E que o fruto do amor seja nosso melhor presente ao próximo.

Renata Virgínia

06/04/2014

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Gatos e Crianças



Tava pensando hoje... por que amo gatos tanto assim? 
E por que me sinto ligada às crianças de uma forma inexplicável?
Acho que a resposta é a mesma. 
Não é simples, mas tento chegar a uma explicação. 

Muitas pessoas têm preconceito contra gatos. Dizem que são egoístas, traiçoeiros... 
Já tive o prazer de criar alguns gatos. E hoje tenho Nina. Posso dizer sobre eles e muito mais sobre ela. 
Não vejo egoísmo, não vejo traição. 
São apenas criaturas que Deus coloca nas nossas vidas para nos dar mais amor. Ensinar-nos sobre cuidado e dependência. E sobre respeito. 
Nina é uma gata extremamente dócil, companheira, carente e dependente. Além de ser uma felina caçadora. E muito brincalhona. 
É impossível conhecê-la e achar que gatos são realmente esses animais egoístas e traiçoeiros que insistem em falar por aí. 

E sobre crianças... elas são sinceras e puras. 
Algumas infelizmente vão crescendo mimadas e birrentas (não suporto, meu lado educadora fala mais alto). 
Mas a maioria nos mostra como é bonito ser criança. E que ainda há uma esperança para a humanidade. 
Quando olhamos para elas em um supermercado ou em um ônibus, elas olham de volta com aquela beleza e sinceridade. 
Já ganhei inúmeros sorrisos de crianças mesmo sem conhecê-las. Em resposta ao meu sorriso ou simplesmente porque as vi. E isso me faz mais feliz. E isso me dá esperança. 

Amo... e me encanto... e me deixo cativar... 

Simplesmente porque ambos sabem amar! 

Renata Virgínia  22/04/13 

sexta-feira, 8 de março de 2013


Hoje é o Dia Internacional da Mulher. E estamos acostumadas a receber os parabéns e uma atenção especial por essa data. Muitas recebem rosas, presentes, jantares...
Sei como é maravilhoso se sentir querida, valorizada. Sei como é bom receber um elogio, especialmente em um dia que você nem espera e talvez de alguém que você nem conhece. A gente fica rindo sozinha, à toa. Isso faz muito bem, nos sentimos especiais. Nossa autoestima se eleva. E autoestima passa bem longe de orgulho. É sentir-se bem consigo. Sentir-se bela.
Mas e naqueles dias que não recebemos elogios e atenção especial por ser uma data dedicada a nós? Esquecemos o quanto somos especiais? É... Às vezes eu também esqueço. Mas precisamos fazer um exercício diário de alimentar nossa autoestima. De nos amarmos, nos admirarmos, pois temos um imenso valor.
Temos valor por ter nascido numa sociedade machista, que vem mudando graças à luta de mulheres guerreiras. Temos valor pela nossa sensibilidade. Temos valor pela responsabilidade que Deus nos deu de gerar vidas. Temos valor por sermos amigas, irmãs, filhas, mães, tias, esposas... Que amam e se dedicam a cuidar. 

Parabéns, mulheres! 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Fazer o bem


Essa semana tive a oportunidade de ajudar alguém com uma atitude simples, que para mim não custou nada, mas notei que a pessoa ficou bem grata. E me senti muito bem em poder ajudar alguém, mesmo de forma simples, e receber a gratidão de volta.

Isso me levou a refletir e querer falar sobre algumas coisas. Será que estamos muito ocupados com nossos problemas para perceber uma oportunidade de fazer o bem a alguém? Que tal andarmos com mais calma, tirarmos nossos fones dos ouvidos (como sugere um livro que estou lendo), desconectarmos um pouco da internet... E prestarmos mais atenção ao próximo?   

Pode ser segurando uma porta para alguém passar, tirando um carrinho de uma vaga de estacionamento para um carro parar, ajudando um cego a atravessar a rua, cedendo a vez numa fila de supermercado, ou tantas outras atitudes, que são infinitas e pessoais.

Mesmo que você não tenha dinheiro ou algo para doar a alguém, sua atenção e gentileza valem muito! E se um dia não receber gratidão de volta, não se preocupe, você fez a sua parte. E... “Cada um dá o que tem”. A pergunta que devemos sempre fazer é: “O que tenho dado ao próximo? Gentileza ou egoísmo? Amor ou indiferença?”.


Renata Virgínia
02/02/2013

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Como pombinhos


Diante de um céu lindo muitos não resistem. Com fotos ou apenas momentos de contemplação, apreciamos a perfeita criação de Deus. Que em alguns dias parece ter caprichado mais na obra de arte!

Ao registrar um dia de céu caprichado, me deparo com um casal de rolinhas nos fios em frente à minha casa. Parece que escolheram aquela paisagem para namorar. Porém, pela posição parece até que tiveram uma DR ou ela estava com TPM (Humanizando um pouco a imagem. Hehehe), embora continuassem juntos.

Pois é, andei pesquisando sobre pássaros. E vi que as rolinhas, assim como os pombos, são monogâmicos. ( Isso mesmo! Vivem com um único companheiro.) Eles dividem as  tarefas e participam igualmente da criação dos filhotes. Revezando até na hora de chocar os ovos. Descobri também que alguns morrem depois da perda da companheira.

Quando vemos um casal muito apaixonado às vezes chamamos de “pombinhos”. Que possamos ser realmente como pombinhos.

Quem já encontrou seu par, cuide para ele ficar ao seu lado para sempre. Mesmo nos momentos difíceis, não tão românticos, que possam tentar apreciar a paisagem de um belo céu e se alegrar apenas por terem um ao outro.

E quem não encontrou ainda... Procure por alguém que possa ser seu eterno companheiro. Que esteja sempre ao seu lado. Nos bons e maus momentos. Alguém para amá-la (o), respeitá-la (o), até que a morte os separe.

Renata Virgínia
29/01/2103

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Mulher, comida ou objeto?

De repente surge uma febre mundial: a música “Ai, se eu te pego”, de Michel Teló. Há discussões por todo lado, especialmente depois da capa da revista Época.

Segundo a revista Forbes, a música “já foi assistida 94 milhões de vezes no Youtube e já teve a letra da música traduzida para inglês, polonês, grego e hebraico”. A Forbes também nos informa que “está entre as mais tocadas nas rádios de todo o mundo e se tornou o hit mais baixado pelo iTunes em países como Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, Polônia, Argentina, Chile, Colômbia e Peru. Ironicamente, no Brasil a canção está em segundo lugar no número de dowloads, depois de ‘Someone Like You’, da Adele”.

Essa música chama uma mulher de “Delícia, delícia”. Isso me lembra muitas outras músicas que chamavam as mulheres de popozudas, cachorras e tantos outros adjetivos. Existe muita mulher que é chamada de Gostosa ou Delícia e se sente o máximo. Sério???

Afinal, elas são mulheres ou comidas? Isso me faz lembrar as famosas mulheres frutas... Famosas por que mesmo? Ahhh, porque têm um corpão cheio de plástica, silicone e muitas vezes mais bunda do que neurônios (sei que isso é cientificamente impossível, mas elas ferem a lógica da ciência).

Espero que você, leitora, saiba se valorizar. Não falo só sobre ser chamada por esses adjetivos. Mas principalmente, por não deixar qualquer um “te pegar”. Mulher de verdade não passa de mão em mão... Não coloca em prática um famoso refrão que diz “Já beijei um já beijei dois já beijei três. Hoje eu já beijei e vou beijar mais uma vez.” Ou uma versão em forró que diz “Já beijei um, já beijei dois, já beijei três, já beijei quatro, beijei cinco, beijei seis e no sétimo eu me apaixonei, mas quero dez, ainda tá faltando três.”

Muita mulher fala em se dar valor como se fosse sinônimo de “ser difícil”, “fazer joguinho”. Mas vai muito além... Se dar valor é se amar o suficiente para não se permitir ser desrespeitada com “elogio” deselegante ou ficando por aí com os carinhas que tentam te agarrar em alguma festa. Se liga, garota! Não se torne como um copo descartável, que depois de ser usado, é jogado fora!

Renata Virgínia

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Exemplo de Amor


Hoje faz 9 anos que ele se foi... Ainda lembro como se fosse hoje daquele telefonema que recebemos, duas horas depois de nossa visita à UTI. Mas não quero falar daquele triste dia.

Tenho lembrado muito dele ultimamente. E cheguei a uma definição para ele: Exemplo de Amor! Mesmo com seu jeitão típico de sertanejo, era muito amoroso.

Meu avô, Benedito Vicente de Andrade ou somente BVA (apelido carinhoso pelo qual era chamado) foi um homem simples, mas ao mesmo tempo empreendedor; sem muito conhecimento, mas sábio; sério, mas ao mesmo tempo brincalhão. Só entende seu jeito quem o conheceu. Trabalhador, Generoso, Acolhedor, Teimoso... Difícil até enumerar todas as suas características.

Apenas nesse ano percebi a quem puxei no meu amor por gato. Meu avô tinha um gato que sentava em seu colo e fazia “cafuné” em seu peito. Um dia esse gato comeu um pássaro que tínhamos comprado (eu e meus irmãos). Quando estávamos procurando por ele e ameaçando matá-lo, meu avô ficou desesperado. Não fizemos nada com o gato! E hoje entendo seu sentimento. Sei o quanto Nina é importante pra mim.

Lembro com saudade das férias em Cajazeiras, das festas em família, das vezes que ele vinha para João Pessoa e ficava hospedado na minha antiga casa, de todo o tempo que pude conviver com meu avô.

Existe uma famosa pergunta: “quando chegar ao céu, quem você gostaria de encontrar?”. Já pensei em várias pessoas da Bíblia, principalmente José. Mas ontem percebi que minha resposta agora é: vovô Benedito.

Saudade...